O Plano de Intervenção para a Zona de Alqueva permitirá dinamizar a transformação de vastas áreas de sequeiro em regadio e realizar culturas competitivas, levando a região do Alentejo a deixar de ser uma das mais deprimidas do País, para se tornar numa das regiões que maior contributo dará para o Produto Agrícola Nacional.

 


 A realidade actual da Zona de Intervenção de Alqueva

 As potencialidades do regadio de Alqueva

 O Plano

A realidade actual da Zona de Intervenção de Alqueva

topo

A Zona de Intervenção de Alqueva (ZIA), inserida numa região fortemente dependente do regime de chuvas, tem uma área aproximada de 900 000 mil hectares e envolve 19 concelhos e 97 freguesias das quais 56 são abrangidas pelo regadio. A área de regadio projectada é de 110 000 ha. Com os perímetros de rega existentes, o regadio público atingirá os 131 000 ha.
O Regadio de Alqueva localiza-se nos melhores solos da Zona - 44% da RAN incluída na ZIA.
Na ZIA existem 8 700 explorações, das quais aproximadamente 3 000 (35%) serão abrangidas pelo regadio. Estas explorações apresentam uma zona de interface com o sequeiro - cerca de 50% das suas áreas encontram-se fora dos actuais e futuros perímetros de rega.
Actualmente, 50% da área das explorações da ZIA é ocupada com pastagens e forragens, 15% com trigo, 5,7 % por olival e somente cerca de 6% é utilizada com culturas regadas.
Na área do Regadio de Alqueva (actuais e futuros perímetros de rega), as culturas regadas aumentam de expressão, de 6% para 16%. As culturas permanentes estão limitadas a 12% da área, sendo que destes, aproximadamente 90% são de olival.
A ZIA é pois uma região, onde claramente predominam os sistemas tradicionais de sequeiro agro-silvo-pastoris e os silvo-pastoris (85%), fortemente dependente do quadro de ajudas existente e com um peso reduzido no Produto Agrícola Nacional.

As potencialidades do regadio de Alqueva

topo

A realidade descrita, pode mudar de forma significativa, com o regadio.
O estudo realizado, pelo Grupo de Projecto Alqueva Agrícola (GPAa), no âmbito da preparação do Plano, sobre 44 produtos teoricamente realizáveis na região e que incidiu sobre cinco parâmetros - procura, área potencial de produção, preço, possibilidade de transformação e qualidade para a indústria -, mostrou que 25 são competitivos, o que perspectiva um quadro significativo de oportunidades.
Construíram-se vários cenários assentes num conjunto de produtos e constatou-se que a área do Regadio de Alqueva pode gerar um valor acrescentado bruto a preços de mercado da ordem dos 300 milhões de euros por ano. Nestas circunstâncias, a contribuição do Regadio de Alqueva para o PABpm do Alentejo e para o PABpm Nacional passaria a ser, respectivamente, de 48% e de 9%.
Paralelamente, e no que respeita à área de sequeiro, perspectivou-se uma nova oportunidade – a produção de matérias-primas para biocombustíveis, assente no trigo e na cevada – que alia vantagens de natureza ambiental e económica, trazendo benefícios para o País, para a região e para os produtores.
O reconhecimento da existência de um quadro importante de oportunidades e do valor que este pode assumir na economia da região e do País, permitiu delinear, com segurança, o Plano de Intervenção para a Zona de Alqueva.

O Plano

topo

A Estratégia definida para o Plano assenta em quatro linhas-força: interligação entre a agricultura – produtora de matérias primas – e a indústria utilizadora dessas matérias primas; organização dos produtores vocacionada para a comercialização dos produtos; orientação da produção para a exportação de produtos competitivos no mercado mundial e concentração de actuações num conjunto de produtos competitivos.

Definiram-se cinco objectivos para concretizar a estratégia definida para o Plano:

Aumentar a procura dos produtos
Criar dimensão de oferta dos produtos na região
Aumentar o conhecimento dos produtores sobre os produtos
Aumentar a capacidade técnica na região
Desenvolver a competitividade dos produtos

Tendo em vista atingir os objectivos traçados, o Plano inclui um conjunto abrangente de medidas e de acções que interagem e se complementam, de forma a resolver os vastíssimos problemas identificados nos sectores da produção, comercialização e transformação.
Dentro da linha de rigor técnico seguida, procedeu-se à orçamentação a partir das acções e construíram-se indicadores que permitem proceder ao acompanhamento da realização do Plano.

A metodologia adoptada permitiu a participação activa dos diferentes sectores, tanto na identificação dos problemas como na validação das soluções preconizadas, aumentando assim o grau de confiança dos agentes e a probabilidade de êxito do Plano.

 

Tomo 1 – Documento Principa do Planol (pdf 1.23 Mb)
Apresenta a estratégia, os objectivos, as medidas, as acções e justificação das intervenções propostas, nomeadamente, através da descrição dos problemas identificados. Inclui ainda, o horizonte temporal definido, o orçamento elaborado, o financiamento e o modelo de acompanhamento preconizados.

Tomo 2 – Caracterização da zona de Alqueva (pdf 770 Kb)
Faz o enquadramento territorial da ZIA, uma descrição do sistema global de Alqueva, caracteriza o clima, o solo, a estrutura fundiária, o uso actual do solo e as explorações agrícolas e refere os Planos de Ordenamento e as condicionantes de natureza ambiental.
Tomo 3 – Identificação das potencialidades do regadio de Alqueva (pdf 600 Kb)
Descreve os produtos e o estudo sobre estes efectuados; apresenta o Quadro de Referência dos produtos a realizar e uma previsão do valor gerado pelo regadio de Alqueva.
Tomo 3 – Fichas (pdf 16 Kb)
Apresenta informação sobre os produtos estudados, na forma de uma ficha resumo e de uma carta da Europa dos quinze, com a representação dos principais países importadores e exportadores.

 
Algodão
Alho
Ameixa
Amêndoa
Azeite
Azeitona de Mesa
Batata para Conservação
Beterraba Sacarina
Carne de Bovino
Cebola
Cenoura/Nabo
Cevada Malte
Chicória
Citrinos
Colza
Couve Flor / Brócolos
Ervilha
Fava
Feijão Seco
Feijão Verde
Leite e derivados
Linho
Luzerna
Maçã
Melão
Milho
Morango
Noz
Outras Coníferas (Cipreste)
Outras Folhosas (Nogueira, Choupo)
Pêra
Pêssego/Damasco
Pimento/Malagueta
Sementes de Forragem
Soja
Sorgo
Tomate
Tremoço
Trigo Duro
Trigo Mole
Uva de Mesa

Uva de Vinho
Tomo 4 – Identificação das potencialidades para produzir matérias-primas para biocombustíveis na envolvente do regadio de Alqueva (pdf 72 Kb)
Faz o enquadramento da produção de biocombustíveis em Portugal e apresenta as potencialidades da ZIA para a sua produção.
Tomo 5 – Cartografia – Atlas Rural (pdf 70 Kb)
Apresenta o Atlas criado especificamente para a ZIA, contendo 75 cartas. Encontra-se organizado em seis temas: Localização, Caracterização, Potencial, Zonas Ecológicas, Áreas Geográficas dos produtos DOP e IGP e Turismo no Espaço Rural. topo